26.5.09

1. Introdução

"Onde se queimam livros, algum dia também serão queimados seres humanos."
"... wo man Bücher verbrennt, verbrennt man auch am Ende Menschen."
Henrich Heine, Almansor, 1820

O Guia Bibliográfico "Memórias do Holocausto: Ecos do passado", foi contruido como um trabalho final da disciplina Memória, Sociedade e Informação e, procura reunir diferentes referências a fontes de informação sobre o "Holocausto" (Shoah) imposto ao povo judeu e outras minorias contrárias aos ideais nazista, na Segunda Guerra Mundial.

Também conhecido pela expressão Solução Final, o genocídio realizado pelos nazistas marcou de forma incontestável a história de nossa sociedade e até hoje, passados mais de sessenta anos de tal episódio, as atrocidades cometidas são ainda lembradas e tem o poder e chocar crianças, jovens e adultos.

Anterior aisso haviamos pensado no tema "Memória dos mortos", contudo começamos a nos deparar com notícias recentes sobre o Holocausto e apolêmica de sua negação por algumas figuras religiosas, o que nos levou a redefinir nossa temática para o holocausto propriamente dito, ou seja, a memória da morte e o sofrimento de mais de seis milhões de pessoas (judeus, ciganos, testemunhas de Jeová, homossexuais, soviéticos e deficientes mentais e físicos) indesejáveis ao regime nazista.

Assim o grupo propôs a contruir um guia que possa auxiliar futuras pesquisas sobre o Holocausto, trazendo referências de materiais em diversos suportes que abordam tal episódio assustador, pela quantidade de mortes justificadas por um motivo insano e cruel, a eugenia ariana, durante a Segunda Guerra Mundial.

2.Temática

"Aqueles qu8e não conseguem lenbrar o passado estão condenados a repeti-los"
George Santavana

A palavra Holocausto [gr. Holókauston], originalmente, significava "sacrifício pelo fogo". Na Biblia há diversas passagens que se referem ao holocausto no seu sentido etimológico. Como nas passagens abaixo:

"E edificou Noé um altr ao Senhor; e tomou de todo o animal limpo, e de toda a ave limpa, e ofereceu holocaustos sobre o altar" (GÊNESIS 8,20)

"Levantar-se-ão com água as entranhas e as pernas, eo sacerdote queimará tudo sobre o altar. Este é um holocausto, um sacrificio consumido pelo fogo, de odor agradável ao Senhor"(LEVÍTICO 1,9)

O termo holocausto, no século XX, foi utilizado especificamente para se referir a extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos considerados indesejados pelo regime nazista de Adolf Hitler nos campos de concentração e extermínio, durante a segunda Guerra Mundial. Durante o holocausto, cerca de seis milhões de judeus foram assassinados para cumprir o que os nazistas chamavam de "solução final"

Na língua judaica, as atrocidades do Holocausto são chamadas de "horrível tragédia de Shoah". è usado por muitos judeus e por um número crescente de cristãos, devido ao desconforto teológico com o significado literal da palavra Holocausto, que tem origem grega e conotação com prática de higienização por incineração; estes grupos acreditam que é teologicamente ofencivo sugerir que os judeus da Europa forma um sacrifício a Deus

Durante o período do III Reich, muitos grupos foram perseguidos e mortos pelos nazistas, tanto os que eram considerados como ameaças ao Partido Alemão como aqueles julgados inferiores à raça ariana. Nos grupos das "ameaças" estavam os militares comunistas, os prisioneiros de guerra russos, membros da elite intelectual e ativistas políticos. Nas "raças inferiores" estavam os judeus, os eslavos, ciganos, homossexuais, testemunhas de jeová, deficientes físicos e mentais. Contudo, no Julgamento de Nuremberg, o termo Holocausto foi usado somente para se referir à morte do 6 milhões de judeus

A origem desse ódio imenso pelos judeus por parte dos alemães tem origem ao longo da história. Desde os tempos bíblicos, os judeus já eram acusados de serem os causadores da morte de Jesus. Na Idade Média, eram vistos como praticantes da usura. Já na Alemanha Nazista, que estava sofrendo toda as consequências da Primeira Guerra Mundial, humilhada e degradada pelos horrores da perda da Grande Guerra, os judeus eram vistos como os principais credores e responsáveis pela decadência dos alemães. Um povo nômade e próspero dentro de uma nação onde a maioria estava decadente, despertou o ódio de muitos assim, condenados por Adolf Hitler, que desde a sua obra Mein Kampf (Minha Luta), deix claro a sua posição anti-semítica, usando como tese principal o "Perigo Judeu", que fal sobre a conspiração dos Judeus para ganhar a liderança na Alemanha.

Atualmente, hé diversos monumentos, como o museu do Holocausto em Jerusalém (Yad Vashem) e obras de vários tipos sobre o Holocausto, tais como livros, filmes e sites, muitos deles mencionados neste Guia, com o intuito de recordar essa passagem histórica da humanidade.

Além disso, a Assembléia Geral da ONU criou o Dia do Holocausto em 27 de janeiro, para homenagear e lembrar os 6 milhões de judeus exterminados e outras vítimas do nazismo derante a Segunda Guerra Munndial. O dia 27 de janeiro foi escolhido por ser a data da libertação, pelo Exército Vermelho, do famoso campo de extermínio nazista, o de Auschwitz-Birkenau, em 1945.

3. Metodologia

O Guia Bibliográfico "Memória do Holocauto: Ecos do passado", teve como metodologia de recolhimento de materiais os mais variados suportes de informção.

Primeiramente, buscou-se a origem da palavra Holocausto, que pode ser encontrada em uma das maiores escrituras religiosas, a Bíblia, bem como pesquisas realizadas no Google parta que se percorresse o contexto histórico do termo no decorrer das décadas e sua aplicação muito bem presenciada pela fortificação do senso adquirido pela sociedade.

Os suportes de informação foram selecionados de acordo com o conhecimento do grupo pela área e as pesquisas foram efetuadas tanto no meio digital e impresso.

No meio digital forma utilizados os termos Holocausto, Solução Final, Campo de Concentração, Extermínio, Anti-Semitismo e Nazismo para a realização das pesquisas.

Os livros selecionados foram localizados através de sites de livrarias como Cultura Saraiva, alem do site de vendas Submarino, e recomendações encontradas em blogs feitos em memória do holocausto. As publicações acadêmicas como artigos, dissertações e teses tiveram uma variação quanto sua origem , de universidades particulares e públicas, sendo coletadas nos portais Capes, Dominio Público e Scielo.

Os filmes e documentários selecionados são de épocas de produção diferentes, constando desde a década de 50 aos dias atuais, com o intuito de mostrar como as memórias e vivências das pessoas que fizeram parte deste acontecimento hitórico, o Holocausto, foram e ainda são trabalhadas.

Os sites e blogs foram localizados através de pesquisas relacionadas num dos maiores buscadores da web: o Google

Outro material que o grupo coloca em foco de criticidade são as hitórias em quadrinhos. Como exemplo disso, temos a HQ "Maus" de Art Spiegelman, com sua riqueza de informações, típico deste suporte informacional que emprega imagens e textos, além de dar espaço para a imaginação do leitor trabalhe durante a leitura.

A descrição de museus, momentos e imagens forma encontradas durnate as pesquisas em sites e blogs dedicados ao Holocausto como pequenos fragmentos das lembranças deste período.

Os poemas do Guia são produções brasileiras, como o consagrado escritor Vinícios de Moraes e o também escritor Primo Levi, que presenciaram tal período e colocaram em suas obras seus sentimentos e criticas. As músicas apresentadas são de duas bandas chamdas, respectivamente, Holocausto, originária da cidade de Belo Horizonte - Minas gerais, e Serial Killer, originária de São Luís - Maranhão, que utilizaram as memórias de tla período paraa criação das letras de suas úsicas como critica às atitudes do nazismo.

4. Materiais - 4.1 Livros


  • AMARAL, Wilson. Meninos da guerra: Guilherme Silberfarb e as crianças do holocausto. Hércules, 2003. 238 p.

  • ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. Companhia das Letras, 1999. 342 p.

  • ARENDT, Hannah. Eichmann and the Holocaust. Penguin UK, 2008. 144 p.

  • BAER, A. El testimonio audiovisual: Imagen y memoria del Holocausto. Centro de Investigaciones Sociológicas: Siglo XXI, 2005.

  • BAUMAN, Zygmunt; PENCHEL, Marcus. Modernidade e Holocausto. Tradução de Marcus Penchel. Jorge Zahar, 1998. 268 p.

  • BLACK, Edwin. IBM e o Holocausto. Campus – BB, 2001. 586 p.

  • BLACK, Edwin. A guerra contra os fracos. Girafa, 2003. 856 p.

  • BOYNE, John. O menino do pijama listrado. Tradução de Augusto Pacheco Calil. Companhia das Letras, 2007. 192 p.

  • CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. Holocausto: crime contra a humanidade. Ática, 2000. 96 p.

  • D’ALESSIO, Márcia Mansor; CAPELATO, Maria Helena Rolim. Nazismo: política, cultura e holocausto. São Paulo: Saraiva, 2004, v. 1. 128 p.

  • DWORK, Deborah; PELT, Robert Jan Van. Holocausto: uma história. 2 ed. Imago, 2004. 549 p.

  • EISENSTEIN, Bernice. Eu, filha de sobreviventes do holocausto. Novo Conceito, 2007. 200 p.

  • FINCHELSTEIN, F. Os alemanes, el Holocausto y la culpa colectiva: El debate Goldhagen. Eudeba, 1998.

  • FINKELSTEIN , Norman G. A Indústria do Holocausto: reflexões sobre a exploração do sofrimento dos judeus. Record, 2001. 160 p.

  • FRANK, Anne. O diário de Anne Frank. Tradução de Alves Calado. Record, 2001. 350 p.

  • GILBERT, Martin. A noite de cristal: a primeira explosão de ódio nazista contra os judeus. Ediouro, 2006. 336 p.

  • GOLDHAGEN, D. J.; ROIZMAN, L. S. Os carrascos voluntários de Hitler: o povo alemão e o holocausto. Companhia das Letras, 2002.

  • GREEN, Gerald. Holocausto. Bertrand, 1979. 385 p.

  • GUTMAN, Israel. Resistência: o levante do Gueto de Varsóvia. Imago, 1995. 238 p.

  • GUTMAN, Yisrael; BERENBAUM, Michael. Anatomy of the Auschwitz death camp. Indiana Univ Pr, 1994.

  • HILBERG, Raul. The destruction of the european jews. Yale University Pres, 2003.

  • KLUGER, Ruth. Paisagens da memória: autobiografia de uma sobrevivente do Holocausto. 34, 2005. 256 p.

  • KENEALLY, Thomas. Um Herói do Holocausto: A Lista de Schindler. Rio de Janeiro: Record, 1983.

  • KLÜGER, Ruth. Paisagens da Memória. Autobiografia de uma sobrevivente do Holocausto, trad. Irene Aron, S.Paulo: Editora 34, 2005.

  • KUSTIN, S. A vida e a luta de uma sobrevivente do Holocausto. Associação Editorial Humanitas, 2005.

  • LANZMANN, C.; MACHADO, M. L. Shoah: vozes e faces do holocausto. Brasiliense, 1987.

  • LEVI, Primo. É isto um homem? . 2 ed. Rocco, 1988. 176 p.

  • LEWIN, H.; KUPERMAN, D. Judaísmo: memória e identidade. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 1997.

  • MARRUS, Michael R. A assustadora história do holocausto. Prestígio, 2003. 436 p.

  • MAUTNER, Jorge. O filho do Holocausto: memórias (1941 a 1958). Agir, 2006. 208 p.

  • MENDELSOHN, Daniel. Os Desaparecidos: a procura de 6 em 6 milhões de vítimas do holocausto. Casa da Palavra, 2008. 512 p.

  • MIKHMAN, D.; VAITS, Y. El holocausto: Un estudio histórico. Universidad Abierta de Israel, 1987.

  • MOORE JR, Barrington. O sentido de injustiça. In: MOORE JR, Barrington. Injustiça: as Bases Sociais da Obediência e da Revolta. Brasiliense, 1987. p. 101-118.

  • MORAIS, Fernando. Olga. 13 ed. Companhia das Letras: 1993. 314 p.

  • MÜLLER-HILL, Benno. Ciência assassina. Xenon, 1993. 179 p.

  • PIMENTEL, I. F.; HEINRICH, C. Judeus em Portugal durante a II Guerra Mundial: em fuga de Hitler e do Holocausto. Esfera dos Livros, 2006.

  • POWELL, J. J. Abortion, the Silent Holocaust. Thomas More Pr., 1981.

  • PRESSAC, Jean-Claude. Os crematórios de Auschwitz: a maquinária do assassínio em massa. Tradução de Antônio Moreira. 2 ed. Lisboa: Notícias, 1999. 223 p.

  • RHODES, Richard. Mestres da Morte: a invenção do Holocausto pela SS Nazista. Jorge Zahar, 2003. 350 p.

  • RIGG, Bryan Mark. Os soldados judeus de Hitler. Imago, 2003. 460 p.

  • ROSEMAN, Mark. Os nazistas e a solução final: conspiração de Wannsee. Jorge Zahar, 2003. 168 p.

  • ROZENBERG, Samuel. Codinome Paul Allain: memórias de um sobrevivente do holocausto. Espaço e Tempo, 2004. 101 p.

  • RUTHERFORD, Ward. Genocídio. Renes, 1976. 160 p.

  • SILVA, Daniel. Morte em Viena. Bertrand, 2006.

  • VIDAL, César. El holocausto. Madrid: Alianza Editorial, 2004. 315 p.

  • ZUSAK, Markus. A menina que roubava livros. Intrínseca, 2007. 500 p.

  • WISTRICH, Robert S. Hitler e o Holocausto. Objetiva, 2002. 420 p.


4.2 Livros eletrônicos


  • BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Disponível em:

<http://books.google.com/books?hl=pt- BR&lr=&id=Og6umwN5xwEC&oi=fnd&pg=PA9&dq=%EF%80%A6%09Zyg munt+Bauman.+Modernidade+e+Holocausto.&ots=qdhc1mnVD4&sig=_FLV v3_Yu7TYjfEJMUxWI6IEuXM#PPP1,M1>. Acesso em> 11 abr. 2009.

  • BOSI, Ecléa. Dossiê Memória do Holocausto. Disponível em:

<http://www.4shared.com/file/46986089/3571cecc/Ecla_Bosi_- _DOSSI_MEMORIA__Holocausto_.html>.Acesso em: 11 abr. 2009.

  • CASTAN, S. E. Holocausto, Judeu ou Alemão?: nos bastidores da mentira do século. Disponível em:

<http://www.4shared.com/file/65511433/a591d196/livro_-_holocausto_- _judeu_ou_alemo.html>. Acesso em: 11 abr. 2009.

  • FINKELSTEIN, Norman G. A Indústria do Holocausto: reflexões sobre a exploração do sofrimento dos judeus. Disponível em:

<http://4shared.com/file/23301810/b17eaa7/A_Indstria_do_Holocausto_- _Norman_G_Finkelstein.html>. Acesso em: 11 abr. 2009.

  • GREEN, Gerald. Holocausto. Disponível em:

<http://www.4shared.com/file/22952625/877768ad/Gerald_Green_- _Holocausto__doc___rev_.html>. Acesso em: 11 abr. 2009.

4.3 Artigos



  • CALDAS, Pedro Spinola Pereira. A ambigüidade do silêncio: o Holocausto como problema teórico. Anos 90, Porto Alegre, n. 15, 2001/2002. p. 121-141.

  • ________________. O universo concentracionário nazista de 1933 a 1945 e a implementação da “Solução Final da Questão Judaica”, 1941-1945. 2008. Disponível em: <http://www.rumoatolerancia.fflch.usp.br/node/1605>. Acesso dia 11 de Maio de 2009.


  • FAINGOLD, Reuven. O Holocausto e a Negação do Holocausto. Editora Sêfer, São Paulo, 1999. Disponível em: . Acesso em: 24 maio 2009.

4.4 Material seriado

  • GUINSBURG, Jacó (org). Holocausto. Análise Shalom nº 3. São Paulo, Editora Shalom, jan. 1979.
  • CROCI, Pascal. Auschwitz. Norma Editorial, abr. 2004.
  • PAK, Greg. X-Man: Magneto testament. Marvel Comics, 2008.
  • SPIEGELMAN, Art. Maus: a história de um sobrevivente. Companhia das Letras, 2005.
  • HEVEL, Eric. A busca (Die Suche). Centro Anne Frank, 2004.
  • MOORE, Allan. V de Vingança.

4.5 Teses e Dissertações

  • ALVES, Ricardo Barbosa. Racismo e ações afirmativas. 01 de Junho de 2005. Dissertação. 175 p. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
  • FRONCHTENGARTEN, Fernando. Memórias de vida, memórias de guerra: uma investigação psicológica sobre o desenraizamento social. 01 de Dezembro de 2002. Dissertação. 288 p. Universidade de São Paulo.

  • JOB, José Roberto Pretel Pereira. A escritura da resiliência: testemunhas do holocausto e a memória da vida. 30 de novembro de 2000. Tese. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
  • LERNER, Kátia. Holocausto, memória e identidade social: A experiência da Fundação Shoah. 01 de Dezembro de 2004. 372 p. Tese. Universidade Federal do Rio de Janeiro.

4.7 Filmes e Documentários

  • Auschwitz - Os Nazistas e a Solução Final

REES, Lawrence. Auschwitz – Os Nazistas e a Solução Final. [Documentário]. Produção e direção de Lawrence Rees. Inglaterra, 2005. 282min. Color. son.

O documentário “Auschwitz – Os Nazistas e a Solução Final” (Inglaterra, 2005) dá a impressão, pelo título, de que vai se dedicar a narrar o cotidiano de sofrimento daqueles que passaram pelo complexo da morte. Mas o programa, roteirizado e dirigido pelo pesquisador Lawrence Rees, a serviço da BBC britânica, vai além disso. Reconstitui, através de pesquisas rigorosas, toda a trajetória dos crimes de guerra perpetrados pelos alemães. O maior mérito do ótimo documentário é lançar luz sobre a tortuosa evolução do conceito de “Solução Final” – o extermínio total do povo judeu – entre os nazistas, a partir da invasão da Polônia em 1939.
  • Bent (Bent, 1997)

LINDER, Dixie; SOLINGER, Michae. Bent. [Filme-vídeo]. Produção de Dixie Linder e Michael Solinger, direção de Sean Mathias. Inglaterra, 1997.100min. Color. son.

Na Alemanha nazista, no período que antecedeu a guerra, Max (Clive Owen), um gay, é enviado para o campo de concentração de Dachau. Ele tenta esconder sua homossexualidade usando uma estrela amarela, que era a forma de identificar judeus, em vez do triângulo rosa usado para "marcar" os homossexuais. No campo se apaixona por Horst (Lothaire Blutheau), um prisioneiro homossexual que usa com orgulho seu triângulo rosa.
  • Cinzas da Guerra

KOFFLER, Pamela; NELSON, Tim Blake. Cinzas da Guerra. [Filme-vídeo]. Produção de Pamela Koffler, Tim Blake Nelson e Christine Vachon, direção de Tim Blake Nelson. EUA, 2001. 108 min. Color. son.

A
qui é mostrado um fato obscuro da Segunda Guerra: a atuação dos Sonderkomando. Eram os judeus que tinham a trágica missão de conduzir seu povo para dentro da câmara de gás. Depois, recolhiam os pertences dos cadáveres e os levavam ao forno crematório. Como prêmio, viviam um pouco mais. Mas um destes grupos no campo de concentração Auschwitz resolve se rebelar e explodir o forno crematório. Realista e “pra baixo”, Cinzas da Guerra, é para quem tem estômago forte, mas com realização é excepcional. A direção é Tim Blake Nelson. E o elenco David Arquette, Steve Buscemi, Harvey Keitel e Mira Sorvino estão em estado de graça. Saiu em DVD pela Califórnia.
  • Conspiração (Conspiracy, 2001)

ILLOT, Nick. Conspiração. [Filme-vídeo]. Produção de Nick Gillot, direção de Frank Pierson. (EUA / Inglaterra), 2001. 96min. Color. Son

Apesar dos judeus serem perseguidos pela nazistas desde que tomaram o poder, foi na Conferência de Wannssee (um subúrbio chique de Berlim), ocorrida no dia 20 de janeiro de 1942, que o extermino sistemático e industrial da raça foi determinado. Esta co-produção HBO/BBC recriou o sinistro acontecimento, com Kenneth Branagh na pele de Reinhard Heydrich e Stanley Tucci como Adolf Eichmann. Um curiosidade: este acontecimento já tinha sido filmado pela TV alemã em 1985 com o nome Wannseekonferenz (The Wannsee Conference), durando 85 minutos (o tempo exato da conferência). Bom, esse aqui você não acha na videolocadora, mas é exibido constantemente na HBO.
  • O Diário de Anne Frank (The Diary of Anne Frank, 1959)

STEVENS, George. O Diário de Anne Frank. [Filme-vídeo]. Produção de George Stevens, direção de George Stevens. EUA,1959. 180 min. Color. son.

Holanda, 1942. Anne Frank (Millie Perkins) vive no sótão secreto de um estabelecimento comercial, juntamente com seus pais, Otto (Joseph Schildkraut) e Edith (Gusti Huber), e sua irmã Margot (Diane Baker). Além deles vive no local uma outra família judia, composta por Hans Van Daan (Lou Jacobi), Petronella Van Daan (Shelley Winters), Peter Van Daan (Richard Beymer) e Albert Dussell (Ed Wynn), um idoso dentista. Anne Frank, uma jovem de 13 anos, documenta sua vida enquanto se esconde da Gestapo da Holanda. Este refúgio foi providenciado por Kraler (Douglas Spencer) e Miep (Dodie Heath), bondosos proprietários de lojas. Por dois anos eles ficam escondidos, vivendo sempre na apreensão de saberem que podem ser traídos ou descobertos a qualquer momento e mandados para um campo de concentração. Apesar disto eles sonham com dias melhores, ao mesmo tempo em que Peter e Anne se apaixonam.

  • A Escolha de Sofia (Sophie´s Choice, 1982).

BARISH, Keith; PAKULA, Alan J. A Escolha de Sofia. [Filme-vídeo]. Produção de Keith Barish e Alan J. Pakula, direção de George Jenkins. EUA, 1982. 153 min. Color. son


Em 1947 Stingo (Peter MacNicol), um jovem aspirante a escritor vindo do sul, vai morar no Brooklyn na casa de Yetta Zimmerman (Rita Karin), que alugava quartos. Lá conhece Sofia Zawistowska (Meryl Streep), sua vizinha do andar de cima, que é polonesa e fora prisioneira em um campo de concentração e Nathan Landau (Kevin Kline), seu namorado, um carismático judeu dono de um temperamento totalmente instável. Em pouco tempo tornam-se amigos, sendo que Stingo não tem a menor idéia dos segredos que Sofia esconde nem da insanidade de Nathan.
  • Holocausto

ARNOLD, Pia; CHOMSKY, Marvin J. Holocausto. [Filme-vídeo]. Produção de Arnold Pia, Robert Buzz Berger e Herbert Brodkin, direção de Marvin J. Chomsky. EUA, 1978.143 min. Color. son.

É
uma dramática história que narra a vida de duas famílias durante a 2º Guerra Mundial. Época em que o mundo conheceu a ignorância, a crueldade e o racismo dos alemães nazistas. Filmado inteiramente na Alemanha e Áustria, assistimos a história do Dr. Joseph Weiss (Fritz Weaver), de sua esposa e filhos separados pelo horror da guerra. Ao mesmo tempo, testemunhamos a trajetória de Erik Dorf (Michael Moriarty), um advogado pobre que influenciado por sua ambiciosa esposa se une a SS. Rapidamente promovido Dorf passa a atuar, como assistente, ao lado de Heydrich (David Warner), principal estrategista e mentor dos planos de Hitler no extermínio dos judeus.
  • O Julgamento de Nuremberg

ABRAMS,Gerry; SIMONEAU, Yves. O Julgamento de Nuremberg. [Minissérie]. Produção de Gerry Abrams, Alec Baldwin, Mychele Boudrias, Jonathan Cornick, Suzanne Girard, Ian McDougall e Peter Sussman, direção de Yves Simoneau. Canadá / EUA, 2000. 181 min. P&B / Color. son.


O julgamento dos principais lideres nazistas ocorrido em Nuremberg em 1946 é o tema desta minissérie produzida em conjunto pelos Estados Unidos e Canadá. Basicamente é o duelo ideológico entre o promotor americano Robert Jackson (Alec Baldwin) e o Marechal do Reich Hermann Goering (Brian Cox). No meio está o psiquiatra Gustav M. Gilbert (Matt Craven), que tenta entender como os réus puderam ser capazes de cometer tamanhas atrocidades. Mas quem rouba o filme é Colm Feore vivendo Rudolf Hoss, o infame chefe do campo de concentração de Auschwitz, que confessa sem arrependimento o assassinato de mais dois milhões de judeus ocorrido no local. O DVD é da Warner. Infelizmente, para caber em um único disco, a distribuidora cortou cerca de dez minutos de metragem, justamente uma cena importante para narrativa da história.
  • Julgamento em Nuremberg

KRAMER,
Stanley. Julgamento de Nuremberg. [Filme-vídeo]. Produção de Stanley Kramer, direção de Stanley Kramer. EUA, 1961. 187 min. Color. son.

(Judgment em Nuremberg, 1961). Tinham se passado três anos desde que os mais importantes líderes nazistas tinham sido julgados em Nuremberg. Dan Haywwod (Spencer Tracy), um juiz aposentado americano, tem uma árdua tarefa, pois preside o julgamento de quatro juízes que usaram seus cargos para permitir e legalizar as atrocidades nazistas contra o povo judeu durante a 2ª Guerra Mundial. À medida em que surgem no tribunal as provas de esterilização e assassinato a pressão política é enorme, pois a Guerra Fria está chegando e ninguém quer mais julgamentos como os da Alemanha. Além disto os governos aliados querem esquecer o passado, mas a coisa certa que deve se fazer é a questão que este tribunal tentará responder.
  • A Lista de Schindler

K
ENEALY, Thomas; SPIELBERG, Steven. A Lista de Schindler. [Filme-vídeo]. Produção de Thomas Keneally e Steven Zaillian, direção de Steven Spielberg. EUA, 1993. 195 min. P&B. son.

Todo
mundo conhece este filme longo e em preto e branco de Steven Spielberg que conta a saga de Oskar Schindler (Liam Neeson), um industrial e membro do partido nazista que acabou salvando vida de 1100 judeus, enquanto driblava a sanha assassina do chefe da SS local (Ralph Fiennes) Sério e sóbrio, A Lista de Schindler deu a Spielberg merecidamente uma penca de troféus da academia. O único porém: o adeus de Schindler aos judeus, apelativo e não condizente com o que aconteceu na vida real. O DVD da Universal é duplo e os bônus detalham o destino e as memórias de alguns dos judeus salvos por Schindler.

  • O menino do pijama listrado

HEYMAN, David; HERMAN, Mark. O menino do pijama listrado. [Filme-vídeo]. Produção de David Heyman, direção de Mark Herman. Inglaterra, 2008. 94 min. Color. son.

Alemanha,
2ª Guerra Mundial. Bruno (Asa Butterfield), de 8 anos, é filho de um oficial nazista que assume um cargo em um campo de concentração. Isto faz com que sua família deixe Berlim e se mude para uma área desolada, onde não há muito o que fazer para uma criança de sua idade. Ao explorar o local ele conhece Shmuel (Jack Scanlon), um garoto aproximadamente de sua idade que sempre está com um pijama listrado e do outro lado de uma cerca eletrificada. Bruno passa a visitá-lo freqüentemente, surgindo entre eles uma amizade.

  • Noite e Neblina

DAUMAN, Anatole; RESNAIS, Alain. Noite e Neblina. [Documentário]. Produção de Anatole Dauman, direção de Alain Resnais. França, 1955. 32 min. Color / P&B. son.

Esse
é o famoso documentário de Alain Resnais (de Hiroshima Meu Amor), um dos mais importantes realizadores do cinema. Com uma narração de um texto do escritor Jean Cayrol, um ex-deportado de um campo de concentração nazista, o cineasta monta um painel realista e comovente sobre os sofrimentos causados pelos campos nazistas, mesclando cenas coloridas e imagens de arquivo. É uma aula cruel de história, com toda a força que a realidade dos acontecimentos exigem. Saiu em DVD pela Aurora.
  • Olga

BUZZAR, Rita; MONJARDIM, Jayme. Olga. [Filme-vídeo]. Produção de Rita Buzzar, direção de Jayme Monjardim. Brasil, 2004. 141 min. Color. son.

Olga Benário (Camila Morgado) é uma militante comunista desde jovem, que é perseguida pela polícia e foge para Moscou, onde faz treinamento militar. Lá ela é encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler) ao Brasil para liderar a Intentona Comunista de 1935, se apaixonando por ele na viagem. Com o fracasso da revolução, Olga é presa com Prestes. Grávida de 7 meses, é deportada pelo governo Vargas para a Alemanha nazista e tem sua filha Anita Leocádia na prisão. Afastada da filha, Olga é então enviada para o campo de concentração de Ravensbrück.

  • O Pianista

BENMUSSA, Robert; POLANSK, Roman. O Pianista. [Filme-vídeo]. Produção de Robert Benmussa, Roman Polanski e Alain Sarde, direção de Roman Polanski. França, 2002. 148 min. Color. son.

Vencedor
do três Oscar (diretor, ator e roteiro adaptado), O Pianista também enfoca uma história real. No caso, a de Wladyslaw Szpilman (Adrien Brody), um pianista judeu polonês que mora em Varsóvia quando os nazistas invadem seu pais. Ao poucos ele vê as pessoas ao seu redor serem mortas ou sumirem nos campos de concentração. Mas, por sorte, destino ou mero acaso, Wladyslaw consegue sair com vida da Segunda Guerra Mundial. Merecidos Oscar para Brody e para o diretor Roman Polanski. Saiu em DVD pela Europa Filmes.

  • A Policia de Hitler – Um retrato do mal

GODDARD, Jim. A Policia de Hitler: Um retrato do Mal . [Filme-vídeo]. Produção de Jim Goddard, direção de Jim Goddard. (EUA / Inglaterra), 1985.135min. Color. son.

(Hitler’s S.S.: Portrait in Evil – 1985) – A dinâmica desta produção feita para a TV inglesa lembra um pouco Holocausto. Na metade dos anos 30, dois irmãos da família Hoffman entram para partido nazista. Helmut (Bill Night) ingressa na SS e Carl (John Shea) vai para a SA. Helmut se torna braço direito de Heydrich (David Warner, reprisando seu papel de Holocausto) enquanto Carl se desilude com a política de Hitler. O filme é interessante por mostrar como funcionava a máquina de opressão nazista e como foram tomadas as medidas para o Holocausto. Saiu em DVD pela Classic Line.

  • Sunshine - O Despertar de um Século (Sunshine, 1999).

HAMORI, Andras; LANTOS, Robert. Sunshine: O despertador de um Século. [Filme-vídeo]. Produção de Andras Hamori e Robert Lantos, direção de István Szabóc. Inglaterra, 1999.180 min. Color. son

Conheça a história de três gerações dos Sonnenscheins, uma família húngaro-judia que tem início na Hungria, na época em que esta era governada pelo Império Austro-Húngaro, trocou de nome para Sors quando o país foi invadido pelos nazistas, durante a 2ª Guerra Mundial, e ainda encarou o legado comunista da Hungria pós-guerra.
  • Tolerância Zero (The Believer, 2001).

HOFFMAN, Susan; CHRISTOPHER, Roberts e SANDYS, Eric. Tolerância Zero. [Filme-vídeo]. Produção de Susan Hoffman, Christopher Roberts e Eric Sandys, direção de Henry Bean. EUA, 2001.100min. Color. son

Danny Balint (Ryan Gosling) é um estudante de uma escola judaica de Nova York que, com o tempo, se torna um feroz anti-semita. À medida que sua fama cresce nos círculos neonazistas do estado Danny percebe uma mudança brusca em sua personalidade, onde convivem ao mesmo tempo seu lado judeu e anti-semita. Aos poucos Danny percebe que sua função na vida é se tornar uma contradição ambulante.


  • A Vida é Bela

BRASCHI, Gianluigi; BENIGNI, Roberto. A vida é bela. [Filme-vídeo]. Produção de Gianluigi Braschi e Elda Ferri, direção de Roberto Benigni. Itália, 1997. 116 min. Color. son.

Na Itália dos anos 40, Guido (Roberto Benigni) é levado para um campo de concentração nazista e tem que usar sua imaginação para fazer seu pequeno filho acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam.